Neste mês, marcado pela abertura do Dezembro Vermelho, dedicamos espaço para reflexões sobre HIV, prevenção e os desafios enfrentados durante mais de quatro décadas desde os primeiros casos nos anos 80.
A evolução no tratamento e estratégias de prevenção é notável, mas persistem desafios cruciais, sendo o estigma e preconceito contra pessoas vivendo com o vírus uma questão persistente. A disseminação de informações enfrenta obstáculos, e é essencial melhorar nossa comunicação, desfazendo equívocos arraigados, como a transmissão por gestos de carinho.
Nossos esforços se concentram em conscientizar sobre novas ferramentas de prevenção, como a PrEP e a profilaxia para exposição, disponíveis no SUS e eficazes na contenção de novos casos. Contudo, os desafios persistem, desde a busca pela cura até a necessidade de ampliar o acesso a tratamentos inovadores.
No Brasil, a concentração da epidemia em populações vulneráveis exige medidas específicas. A capilarização do acesso à PrEP é vital, assim como a melhoria nos serviços de Saúde Transversal. Ainda que o Brasil tenha avançado, enfrentamos desafios significativos, especialmente na redução do número de casos e na superação do estigma.
Cinco desafios fundamentais para os próximos anos emergem:
- Ampliação da PrEP para todas as populações, combatendo disparidades de acesso.
- Investimento em diagnóstico e manutenção dos pacientes indetectáveis.
- Implementação de tecnologias injetáveis para tratamento e prevenção do HIV.
- Desenvolvimento de vacinas de RNA mensageiro e estratégias combinadas para a cura.
- Superação contínua do estigma e preconceito em torno do HIV.
Após 40 anos, desafios persistentes lembram-nos da importância de estarmos unidos na busca por um futuro livre do estigma e da epidemia do HIV.