Explorando o Perfil do Médico Infectologista: resumo da webinar

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Na última edição do Webinar "Terças-feiras com SPI", relatamos uma discussão sobre o perfil do médico infectologista no Brasil. O evento contou com a introdução do Dr. Carlos Magno, que abriu a apresentação e passou a palavra para o Dr. Juvêncio Furtado. O tema central abordou a avaliação do perfil do médico infectologista, discutido inicialmente em nosso último congresso, e que agora foi ampliado com novos dados e análises.

Durante o webinar, foi apresentado um estudo comparativo mundial sobre a quantidade de médicos por habitante, seguido por uma análise do custo direto da formação médica no Brasil, onde 40 mil novos médicos se formam anualmente. A distribuição das vagas de residência em infectologia também foi abordada, destacando que apenas os estados do Amapá, Maranhão e Piauí ainda não possuem esse programa.

Outros dados relevantes incluíram a faixa etária predominante dos infectologistas (entre 31 e 50 anos) e a alta representatividade feminina na área. Em relação à identidade, 97,4% dos profissionais se identificaram como cisgênero e, racialmente, 82% se declararam brancos. A maior parte dos médicos infectologistas reside na região Sudeste, onde também realizaram sua formação técnica, com 93% tendo concluído a residência médica.

Falamos ainda sobre a titulação e formação avançada desses profissionais: 41% possuem o título de especialista concedido pela SBI, enquanto a maioria não possui mestrado (62%), doutorado (77,6%) ou pós-doutorado (93%). Apenas uma pequena porcentagem, 29%, atua como professor de graduação. Também foi considerado o ganho mensal dos médicos infectologistas em comparação com seus colegas americanos, bem como as áreas de atuação mais comuns e o uso da internet tanto para estudos e pesquisas quanto hobby.

O uso das redes sociais entre infectologistas foi outro ponto interessante abordado. A maioria das mulheres utiliza o Instagram, enquanto os homens preferem o X (anteriormente conhecido como Twitter), mas ainda há uma baixa utilização dessas plataformas para divulgar informações científicas. Além disso, cerca de 20% dos profissionais utilizam o ChatGPT para tirar dúvidas relacionadas à infectologia ou outras áreas.

O debate também explorou aspectos de qualidade de vida, como bem-estar, prática de atividade física, religiosidade, satisfação no trabalho e relacionamentos, além de abordar questões delicadas como a frequência de depressão, assédio sexual (mais presente entre mulheres) e os gastos. com seguros e convênios médicos.

Agradecemos pela participação de todos e esperamos vê-los nas próximas!

Atenciosamente
Sociedade Paulista de Infectologia





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