Webinar da SPI discute Tuberculose latente

Aproveitando o Dia Mundial da Tuberculose, celebrado no último dia 24 de março, o tema da webinar do Programa Educacional 2023: Terças-feiras com a SPI", foi sobre TB latente, com especialistas no diagnóstico e tratamento da doença. 

A primeira palestra, apresentada pela médica infectologista do Instituto Emílio Ribas, Dra. Ana Angélica Bulcão, abordou a situação da tuberculose no Estado de São Paulo e a importância do diagnóstico da infecção latente. A especialista começou expondo os dados de coeficiente de incidência de tuberculose, que representa 23% dos casos em São Paulo em relação ao país. "O número teve queda de detecção de casos durante a pandemia, e em 2022, voltou a subir, sendo 40 casos por 100 mil", aponta. 

A Dra. Ana Angélica informou sobre os atuais tratamentos, que são mais curtos e por via oral, citando as drogas que são prescritas para tuberculose latente. “A tuberculose latente só pode ser tratada se fosse excluída a tuberculose ativa e é preciso saber excluir”, diz, apontando também para o abandono do tratamento por parte do paciente, outra situação preocupante neste cenário. 

Na sequência, a Professora Associada do Departamento de Medicina da UFSCar e diretora da SPI, Dra. Sigrid Santos, trouxe um caso clínico para discussão com os presentes sobre os sintomas de um paciente idoso, de 61 anos. “Houve a análise dos sinais, exames e o diagnóstico do paciente para a confirmação da tuberculose”, informou ela, abrindo para reflexões de todos sobre a conduta do caso. 

Neste momento, o Professor Adjunto da Disciplina de Infectologia na UNIFESP e vice-presidente da SPI, Dr. Paulo Abrão, mediou as perguntas, ideias e relatos e passou a vez para a próxima palestra, que foi com a professora da área de Infectologia da FCM-UNICAMP e diretora da SPI, Mariângela Ribeiro Resende.

A médica infectologista iniciou o assunto dizendo que precisamos pensar no básico e entender como se dará a evolução desses pacientes. “Diante da exposição ao agente, 30% das pessoas vão evoluir para uma infecção, pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Destes 30%, já na fase primária, 5% poderão adoecer e os demais, os outros 5%, poderão adoecer ao longo da vida em função dessa infecção latente”, explica.

Para finalizar, a Dra. Mariângela destacou a importância da triagem dos testes disponíveis com marcadores de infecções latentes. 

Ao final, o  Dr. Paulo Abrão conduziu as respostas para os convidados às dúvidas dos participantes.

A webinar completa está disponível AQUI.





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