Webinar da SPI discute Covid-19: Lições aprendidas e perspectivas futuras

O nono encontro virtual do Programa Educacional 2022: “Terças-feiras com a SPI”, teve a abertura do coordenador e médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Dr. Leonardo Weissmann, dando as boas-vindas aos presentes e falando sobre a importância de estarmos atualizados com os tratamentos e vacinação da covid-19.

Em seguida, o professor de Infectologia da Universidade Federal do Paraná e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Dr. Clóvis Arns da Cunha, alertou sobre como prescrever a nova terapia aprovada pela Anvisa e ampliarmos o conhecimento de todos os recursos que temos após a internação do paciente, nos casos mais graves.

Comentou também dos estudos clínicos, incluindo vacinas e novos medicamentos que participou, e que hoje fazem parte do arsenal terapêutico para o tratamento da doença.

Dentre os problemas desconhecidos, que ainda merecem atenção, o Dr. Clóvis sinalizou para questões de recaída/reinfecção e imunidade, covid-19 longa e novas variantes. “Temos que aprender sobre a covid longa, que tem trazido pacientes com queixas específicas, como quadros respiratórios e até de depressão”, explica.

Idade, comorbidades e vacinação desempenham um papel fundamental no risco de progressão para a forma grave da doença. Outra questão levantada por ele é a hipóxia silenciosa, que em muitos pacientes sem queixa de falta de ar estava em queda.

Ele finalizou a palestra pontuando o uso irracional dos antimicrobianos, especialmente dos antibióticos durante a pandemia, e como minimizar essa situação hoje.

Na sequência, a médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Dra. Amanda Nazareth Lara, abordou os desafios na vacinação durante a pandemia de covid-19, explicando sobre cada um dos tipos e características das vacinas disponíveis, eficácia, avanços e dos próximos passos nesta área. 

“Os vacinados continuam sempre com melhor resposta, mesmo diante de três prevalentes da ômicron. O desafio agora é pensar em novas vacinas para variantes e combinadas, definir intervalos de reforços, pensar estratégias para os imunossuprimidos, novas plataformas e equidade na distribuição mundial”, alega.

 A Dra. Amanda também apontou os aprendizados ao longo destes quase 3 anos de pandemia. “A vacinação, apesar da evolução do vírus, mantém efetividade relativamente alta contra doença grave”, encerra.

Ao final do evento, os especialistas responderam às perguntas do público.

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