A 14º edição do "Programa Educacional 2021: Terças-feiras com a SPI", promovido pela Sociedade Paulista de Infectologia, abordou a relação da covid-19 com outras patologias, trazendo atualizações sobre a doença que deixou o mundo em estado de atenção epidemiológica, há mais de um ano.
O encontro, realizado em formato virtual, ocorreu na terça-feira (31), com a coordenação do professor adjunto da FMB e presidente da SPI, Dr. Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza e do médico do IIER e professor do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, Dr. José Angelo Lauletta Lindoso.
Com a presença de 130 espectadores, a webinar foi dividida em três momentos, os dois primeiros destinados às exposições dos convidados, que nesta edição recebeu a professora associada do Departamento de Patologia da FMUSP, Dra. Marisa Dolhnikoff e o médico assistente do Departamento de Patologia FMUSP/ Instituto Adolfo Lutz, Dr. Amaro Nunes Duarte Neto. Após as palestras, foi reservado um espaço para que os participantes pudessem apresentar suas dúvidas.
Na primeira parte, a Dra. Marisa mostrou quais foram as contribuições da técnica de autópsia minimamente invasiva para a compreensão das alterações histopatológicas, nos diversos órgãos, durante o acometimento pela covid-19.
Na oportunidade, a médica e professora ressaltou que a partir das pesquisas feitas por meio da autópsia minimamente invasiva, foi possível observar as lesões pulmonares e o comprometimento sistêmico que a covid-19 causa ao organismo, como por exemplo, os danos aos vasos sanguíneos. Além disso, destacou que a correlação entre histologia e ultrassom auxilia na avaliação da progressão da doença no pulmão e, por fim, mostrou como a infecção pelo coronavírus se manifesta em crianças com e sem histórico de comorbidades.
A segunda palestra, feita pelo Dr. Amaro Nunes Duarte Neto, abordou os desafios do diagnóstico histopalógico em casos de micoses invasivas em pacientes com a covid-19, com destaque para as mucormicose.
Para isso, apresentou os fatores de risco da infecção pelo fungo que causa a mucormicose, entre eles, diabetes, transplante de órgãos sólidos, sobrecarga de ferro no organismo, traumas ou queimaduras. Segundo o médico, como a manifestação pode ser semelhante a outros fungos, é preciso uma investigação detalhada, como por exemplo, de cultura ou sequencial e, após isso, iniciar o tratamento correto. Ainda, ele apresentou métodos complementares de diagnósticos em histopatologia.
A íntegra do encontro você confere AQUI.
A próxima webinar será realizada no dia 26 de outubro, e terá como tema “Sarcome de Kaposi: como tratar? Uma discussão entre o oncologista e o infectologista”.