APELO DA SOCIEDADE PAULISTA DE INFECTOLOGIA EM DEFESA DA VIDA

À população -

Como médicos da linha de frente do atendimento à COVID-19, estamos preocupados com o expressivo aumento de casos, internações e mortes neste final de ano. O que as estatísticas apresentam como números alarmantes, para nós são pessoas com nome e sobrenome, que adoecem, agonizam em UTI e morrem. São famílias privadas dos seus entes queridos.

Diante disso, nos assusta o descaso com as recomendações de controle, observado na ocasião do feriado de Natal, com aglomerações diversas no comércio, nas ruas e em confraternizações. Desleixo no uso de máscara. Municípios paulistas desafiando as legislações restritivas do Estado. Temos observado, cada vez mais, eventos de “superdissseminação”, em que uma ceia, um churrasco, uma confraternização em família geram dezenas de casos e diversas mortes.

O que parece simples desobediência civil ou exercício de autonomia têm um impacto nefasto sobre a saúde pública. Nossos hospitais estão lotados, nossos médicos e enfermeiros esgotados após um ano de trabalho duro. Mesmo que tenhamos uma vacina eficaz, a imunização em massa levará meses para surtir efeito.

Neste momento, nós, infectologistas do Estado de São Paulo, fazemos um apelo a todos os brasileiros.  Em uma pandemia, cada pessoa é responsável pela sua saúde e pela dos demais. As autoridades precisam cumprir seu papel de gestão, orientação técnica e fiscalização. Cada atitude (boa ou má) tem consequências coletivas. Pedimos que todos contribuam, evitando aglomerações, não participando de qualquer encontro familiar se estiver apresentando sintomas respiratórios ou perda do paladar/olfato, respeitando o isolamento social, utilizando com rigor máscara, e atendendo às recomendações de higiene das mãos. 



Ajudem-nos a salvar vidas!

Vamos construir um ano novo com mais saúde e segurança.


São Paulo, 29 de dezembro de 2020 


Diretoria da Sociedade Paulista de Infectologia
 





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