Vacina para Covid-19 é tema em conferência do 12º Congresso Paulista de Infectologia

A Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), realizou virtualmente, de 30 de novembro a 4 de dezembro, o 12º Congresso Paulista de Infectologia. Destinado a médicos, estudantes de Medicina, profissionais da área de Enfermagem e Farmácia, e demais profissionais de saúde, o evento é um dos maiores quando o assunto é atualização científica em doenças infecciosas e parasitárias ao lado do Congresso da Sociedade Brasileira de Infectologia.


Um dos assuntos abordados no primeiro dia de conferências foi “Vacinas para Covid-19: onde estamos?”, apresentado pelo médico infectologista do HC-FMUSP e coordenador científico da Sociedade Paulista de Infectologia, Dr. Esper Georges Kallas, e coordenado pela Investigadora e Coordenadora do CRIE/Unifesp, Dra. Lily Yin Weckx e pela infectologista Vivian Avelino-Silva, professora de duas importantes faculdades de medicina de São Paulo (USP e Albert Einstein Vivian Avelino-Silva).  

A Covid-19, doença causada por um coronavírus recém-descoberto, já infectou cerca de 68 milhões de pessoas no mundo inteiro, segundo dados atualizados da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos. A alta transmissão da doença, que ocorre quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou exala, pode adoecer um organismo saudável que inale o vírus ou que toque em superfícies contaminadas e, em seguida, coloque as mãos nos olhos, nariz ou boca. Além do uso de máscaras e da higiene redobrada das mãos, o isolamento social é a principal medida estabelecida para conter o avanço do coronavírus enquanto a medicina se volta para a corrida para o emprego de uma vacina eficaz.

No Brasil, existem quatro vacinas sendo testadas em voluntários: a da Sinovac, em parceria com o Butantã, conhecida como CoronaVac; a de Oxford, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca; a vacina Pfizer, desenvolvida em parceria com a empresa alemã BioNTech e a da Janssen-Cilag, produzida pela divisão farmacêutica da Johnson & Johnson. Embora ainda estejam na fase três na pesquisa, todas as imunizações se mostram, em algum grau, reatogências. Porém, de maneira geral, as reações são bem toleradas pelos voluntários.

Durante a palestra, o Dr. Esper Kallás comentou que o Brasil sempre teve uma boa aceitação de vacinas em relação aos outros países. Mas, expôs seu receio de que a briga e as desconfianças impostas por disputas políticas em nosso país possam impedir essa percepção. “Temos que fazer a melhor ciência possível, dar as melhores respostas, as mais responsáveis, e tentar mostrar para as pessoas que as universidades e institutos brasileiros, públicos e privados que atuam na ciência, especialmente na pesquisa clínica, trabalham com seriedade para encontrar soluções para o enfrentamento da Covid-19”, conta o infectologista.

Em breve, as apresentações do 12º Congresso Paulista de Infectologia estarão disponíveis no site da SPI, na aba Educação Continuada





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