Especialista fala sobre a importância de diagnóstico precoce no controle da mortalidade pela Sepse

No último evento promovido pela Sociedade Paulista de Infectologia, o Infectoeste, que aconteceu na região oeste do interior de São Paulo, na Associação Paulista de Medicina – Regional Marília, um dos temas que gerou bastante discussão foi a importância do diagnóstico precoce para a diminuição de morte por sepse, assim como a necessidade de precaução para evitar infecções e o desenvolvimento da doença.
 
A palestra foi ministrada pelo médico infectologista, Dr. Paulo Mesquita, que fez um alerta sobre a grande necessidade do diagnóstico precoce para evitar a mortalidade por sepse. Segundo o especialista, a novidade atualmente está na forma de compreender e definir o que é a Sepse, já que os médicos enfrentam um paradoxo. “Houve um avanço muito grande, com o lançamento de novos antibióticos e tecnologias dentro das UTI’s com intuito de diminuir as infecções. Porém, a mortalidade não cai. E isso acontece por várias razões, mas a razão principal é que o diagnóstico costuma ser tardio”, explica o médico.
 
O infectologista explica que na maior parte dos casos, quando o médico consegue entender o que está acontecendo com o paciente, já é tarde demais.  “É como tentar apagar um incêndio quando ele já devastou todo o ambiente, ou seja, é impossível salvar alguma coisa”, exemplifica.
 
Na palestra, foi abordado o trabalho da medicina diante desse problema atualmente, já que os médicos estão tentando desenvolver novas ferramentas de diagnósticos, cuja aplicação envolvem várias regrinhas que permitem reconhecimento precoce de casos que tem o risco de desenvolvimento de sepse.
 
O especialista ainda falou sobre o controle da sepse no Brasil, que funciona igual vários países do mundo. Porém, esse controle pode melhorar – e muito – e para isso acontecer é preciso diagnosticar antes.
 
“Nós só teremos redução de mortalidade por sepse quando todo o sistema de atendimento melhorar e o paciente tiver acesso rápido e não ficar por horas no pronto-socorro e sendo transferido de lá pra cá”, conclui o médico infectologista. 





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