A pandemia do coronavírus e a missão dos profissionais de saúde

Nos últimos dias, a pandemia do coronavírus colocou o mundo em alerta e intensificou o trabalho dos profissionais de saúde, principalmente os infectologistas. De acordo com dados atualizados divulgados pelas Secretarias estaduais de Saúde, foram confirmados 2.915 no Brasil em 26 estados e no Distrito Federal. Até o momento, são 77 óbitos no Brasil, sendo São Paulo (58), Rio de Janeiro (9), Ceará (3), Pernambuco (3), Amazonas (1), Rio Grande do Sul (1), Santa Catarina (1) e Goiás (1). E as estimativas dos especialistas são as que os números aumentem significamente até o fim de junho.

Em nosso país, a curva de crescimento da propagação da Covid-19 é similar aos que também sofrem com o avanço da doença, tais como: Itália, Alemanha, França e Reino Unido. Entretanto, é preciso cautela com comparações, já que temos algumas diferenças entre os territórios europeus que nos colocam em um momento também de incertezas sobre o futuro da Covid-19 por aqui.

Entre os fatores que nos beneficiam, estão o clima quente, que faz com que a população evite ficar aglomerada em locais fechados, o que pode diminuir a transmissão e também a adoção rápida das medidas preventivas para conter a expansão da epidemia. Entretanto, existe uma situação inédita que preocupa os especialistas: as residências dos mais pobres, que na maioria são de poucos cômodos e muitos moradores, o que gera a necessidade de um convívio muito próximo.

Diante do cenário vivido nas últimas semanas, governantes do Brasil têm recomendado medidas para o confinamento  em casa. Cancelamento de atividades de rotina que vão de aulas e até o fechamento de comércio nas cidades foram adotadas na tentativa de minimizar a circulação de pessoas e, consequentemente, paralisar a pandemia de coronavírus.

Nos hospitais públicos e privados as equipes médicas seguem com excelência a importante missão de acolher e priorizar o atendimento de pessoas que apresentam sintomas específicos da doença, auxiliar na disseminação de informações para a população sobre os cuidados necessários para prevenção da Covid-19 e reportar às autoridades sobre as situações vividas em seus trabalhos, a fim de melhores ajustes em equipamentos, exames, medicamentos e outras ferramentas essenciais para o diagnóstico e tratamento do problema.

Recentemente, o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Ferreira, fez um importante alerta também sobre os cuidados que também devem ser adotados pelos especialistas. “Os médicos talvez sejam os indivíduos mais expostos nesta crise do coronavírus, pois estão na linha de frente, lidando com os pacientes. Temos que mitigar os riscos de contágio destes profissionais, para não perdermos força de trabalho e não corrermos o risco de os próprios médicos serem agentes transmissores do Covid-19. Toda cautela é válida neste momento.”

A Sociedade Paulista de Infectologia concorda com a opinião do presidente da AMB e orienta que todos profissionais da saúde, incluindo os infectologistas, realizem a higienização das mãos antes e depois do contato com seus pacientes e façam corretamente o uso dos equipamentos de proteção individual.

A Sociedade Brasileira de Infectologia disponibilizou um documento com orientações importantes aos especialistas sobre o coronavírus. Acesse:https://drive.google.com/file/d/14hdu6_rospzES4jMDgYSc_uS2MMFAVCZ/view  





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