IMT poderá se projetar como centro privilegiado de pesquisa interdisciplinar no novo contexto organizativo da FMUSP


Na celebração dos 60 anos do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP, realizada no teatro da FMUSP no dia 3 de dezembro, os renomados cientistas Carlos da Silva Lacaz (1915-2002), Luís Rey (1918-2016) e Thales de Brito foram alguns dos nomes homenageados pelo protagonismo na história do instituto e pela vanguarda na pesquisa interdisciplinar em medicina tropical. A celebração acontece num momento em que o IMT e a FMUSP reorganizam suas estruturas para a criação de Centros Integrados de Atividades Acadêmicas. Trata-se de um espaço diferenciado que deverá figurar na redação do novo Regimento Interno da FMUSP, em fase de construção.

“O IMT tem em sua essência a interdisciplinaridade integrada a todos os eixos que projetamos e pactuamos no Plano Estratégico Institucional. Natural que possa vir a protagonizar a consecução dos objetivos do novo Regimento, inscritos na nova figura organizacional dos Centros Integrados de Atividades Acadêmicas”, disse o Prof. Aluísio Segurado, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias e presidente da Comissão de Relações Internacionais (CrInt) da FMUSP.

Segundo o Prof. Segurado, os grupos de pesquisa serão fortalecidos e novos serão criados, conforme suas identidades e similitudes e em função da emergência de novas prioridades do ensino e da pesquisa interdisciplinar. Serão estruturas submetidas à análise da Congregação, garantindo a atuação de diferentes disciplinas, departamentos e Unidades da USP, mediante a constituição de um Conselho interdisciplinar e uma direção executiva, baseado em Regimento próprio. Para esse desafio, Segurado conclama a comunidade para a construção desse modelo que dependerá da “criatividade, do comprometimento e da ousadia de todos”.

O vice-diretor da FMUSP, Prof. Roger Chammas, lembrou que a criação pioneira dos Laboratórios de Investigação Médica (LIMS) permitiu a reorganização da faculdade como instituição de ciência e tecnologia. “Em 2019, a FMUSP está recebendo de volta o IMT, num movimento de reorganização do trabalho de pesquisa, capitaneado, entre outros, pelos professores Guido Cerri e Marcos Boulos. Para além de celebrar os 60 anos, devemos pensar nas proposições de ensino, pesquisa e extensão que queremos para os próximos 60 anos”, disse Chammas.

O reitor da USP, Prof. Vahan Agopyan, ressaltou o trabalho de excelência do instituto e reforçou a necessidade da intensificação de parcerias via núcleos e centros interdisciplinares criados no âmbito da Pró-reitoria de Pesquisa da USP.  “O IMT reflete bem a função da Universidade de prestação de serviços, além da produção de conhecimento de ponta que embasa o enfrentamento de epidemias e doenças tropicais”, disse o reitor.



A Profa. Ester Sabino, atual diretora do IMT, lembrou o fato de ser a primeira mulher a ocupar o cargo e ressaltou a necessidade das mudanças. “É o momento de pensarmos como a Universidade, em especial de que forma o IMT e a FMUSP, pode se relacionar mais com os institutos de saúde da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e também com outras instâncias. Precisamos dinamizar e diversificar as parcerias e produzir pesquisas de maior impacto. As crises devem ser aproveitadas para repensarmos as estruturas. E se há algo que deva ser ressaltado é que o instituto e suas pesquisas têm grande impacto no exterior, até mais do que aqui no Brasil”, disse.

A editora chefe da Revista do Instituto de Medicina Tropical, Profa. Thelma Suely Okay, mostrou momentos marcantes da história da revista e sua atual busca por intensificação de parcerias em âmbito internacional. A publicação, que recebe aproximadamente 170 submissões de artigos por ano, pode ser acessada pela base de dados da Scielo ou pelo link http://www.imt.usp.br/revista-imt/

A celebração dos 60 anos do IMT contou com palestras de diversos cientistas brasileiros e estrangeiros, entre eles os Professores Andrew Rambaut e Nicholas J. Loman, da Universidade de Birmingham, Reino Unido, da Profa. Maria Anice Sallum, da Faculdade de Saúde Pública, da Profa. Valéria Aoki e do Prof. Esper Kallás, da FMUSP, da Profa. Selma Maria Bezerra Jeronimo, diretora do IMT-RN, da Profa. Leila Maria Lopes Bezerra, do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (CIETEC) da USP,  Pesquisadora e diretora do CDC, Profa. Denise Cardo. entre outros.
 
Divulgação: Assessoria de Comunicação da FMUSP  





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